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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Caminhos

E assim como Zaratustra falou:
Não tenho mais olhos para ninguém,
Não carregarei nenhum peso morto,
"Requiescat in pace"
Fantasmas do meu passado,
Palavras murmuradas, réquiem.

Olhem meu rosto , minha face,
Meus pés cansados de caminhos tortos,
Em vós , olhares de desdém,
Não há seguidores
Que possam me seguir,
Minhas pegadas estão na areia,
Que a onda do mar apagou...

Leio as estrelas,
Tenho o céu por teto,
Há muito deixei todo o apego,
Carrego somente afeto,

Pois ,
Não há seguidores
Que possam me seguir,
Minhas pegadas estão na areia,
Que a onda do mar apagou...

(©by Adilson S. Silva)

Caminhos III

Era um apito...
Era o trem ...
Como se fora um grito,
Anunciando que já vem ...

Eu esperava o trem
Para ver passar gente
De acolá ou mais além
Lembranças ...
Meu coração adolescente.

Lenços acenavam,
Olhos embotados de saudades,
Minha mão estendida parou no tempo,
Nos caminhos de Soledade...

(©by Adilson S. Silva)