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terça-feira, 24 de julho de 2012

Saudades...

Saudades...
Abraça-me agora
Não digas nada...
Tanto faz...

Se és mar aberto,
Baia ou enseada,
Se és porto de partida ou chegada,
Se és Desatino,
Caminho ou caminhada...
Nau que se afasta,
Ou se aproxima do cais;
Se és ausência,
Ou reencontro,
Mensagens em garrafas,
Que uma única onda traz,
Tanto fez , tanto faz...

Abraça-me agora
Abraça-me apenas...
Tanto...tanto...tanto...
E não digas nada...
Tanto faz...
(©By Adilson S. Silva)

Esses dias meio assim...

Nesses dias meio assim,
Esperando vendavais,
A fala quedou-se muda,
O cinza quebrou a paz.

Chegou, cobriu tudo,
Escondeu o meu lilás,
Dói a alma, dor aguda,
Qual felicidade fugaz.

Nesses dias meio assim,
Nada me satisfaz.
É um tudo meio ausente,

Que está fora de mim.
Pois, teu gosto evanescente,
Foi-se embora com teu sim.

(©By Adilson S. Silva)

Metamorfoses...

Metamorfoses na minha pele,
A distância,que me separa de ti,

É o tempo
Deixando marcas,
Vivencias,
Metamorfoseando
O infinito dos meus sonhos,
Momentos que...
Em segundos se transformam
Entre a mulher
E a borboleta voando...

(©By Adilson S. Silva)

Lalíngua

Lalíngua do meu amor pára numa frase
Sem sentido, mas doce...
Contorna-me, veste-me ou quase,
Como se meu corpo vindo de ti fosse...

Silencia e cala
Aquilo que tu esperas
Disso que não fala
Nos silêncios de Amor!...

(©By Adilson S. Silva)

Ainda...

Perdeste-te no abissal do teu silêncio
E nas profundezas de tua existência,
Sem encontrares sentido para tuas agruras,
Nem nas amarguras, a sua essência...

O sem sentido habita o Hades,
Onde o meu amor encontras,
O que dizes é o que não sabes:
Palavras ainda não prontas...

Mas ainda existem flores,
O cheiro orvalhado do jasmim,
Sem ser bálsamo para tuas dores,
Ainda, o meu cheiro alecrim...


(©By Adilson S. Silva)